sábado, 26 de julho de 2014

Programa do ISCTE apoia 21 projetos internacionais de inovação tecnológica

Um programa de apoio a novos projetos tecnológicos do ISCTE recebeu 131 candidaturas, mais de metade internacionais, e 21 vão ter ajuda técnica, em áreas como aproveitamento da energia das ondas ou criação de dispositivos para prevenir acidentes cardiovasculares.


No final do processo, previsto para novembro, quatro destes projetos vão receber verbas, num total até 500 mil euros, da Caixa Capital, parceira da iniciativa, mas todos têm o apoio de especialistas no desenvolvimento dos seus trabalhos e na procura de entidades internacionais financiadoras da aplicação prática das suas ideias.

"Este ano atingimos uma quota [de candidaturas] internacional de 62%, a mais alta das cinco edições, que começou com 10 ou 12% na primeira e no ano passado teve 48%", disse hoje à agência Lusa o diretor executivo do Building Global Innovators (BGI), Gonçalo Amorim.

Foram escolhidas para prosseguir a 5.ª edição do programa 21 equipas, mais uma que nas edições anteriores, resultado da criação de uma nova categoria para software empresarial, "uma área muito forte", registando-se a presença de portugueses em 50% dos casos, acrescentou.

Além de Portugal, estão representados nos escolhidos pelo BGI, que também tem a participação do Programa MIT Portugal, países como República Checa, Hungria, Itália, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. As 21 equipas de "start-ups" (empresas tecnológicas inovadoras, em início de atividade) terminam hoje uma semana de trabalho com peritos internacionais que ajudam a organizar as propostas tecnológicas para a resolução de problemas específicos e dão informações acerca do posicionamento no mercado ou das exigências administrativas e de financiamento.

As quatro áreas representadas no BGI relacionam-se com dispositivos médicos e software para a saúde, soluções de software direcionadas para empresas, tecnologias associadas a cidades inteligentes, e atividades na economia oceânica, como aquacultura e gestão sustentável de recursos, ou turismo.

O ponto em comum é procurar ajudar a resolver problemas através de soluções inovadoras, com a "tecnologia ao serviço da humanidade", como explicou Gonçalo Amorim. Os projetos apresentados são muito diversos e vão do aproveitamento da energia das ondas para produzir eletricidade, a dispositivos médicos para prevenir acidentes cardiovasculares, ou, na área de software, algoritmos de inteligência artificial para tratar grande quantidade de dados nas empresas.

O diretor executivo do BGI salientou que estes "são projetos de muito elevado risco, onde o trabalho se faz gradualmente, é necessário tempo para se ver resultados".

Do total de propostas selecionadas anualmente, "mais de metade conseguem financiamento de diferentes fontes", como capital de risco ou outros prémios, para desenvolverem as suas estratégias de mercado, acrescentou.

 Lisboa, 25 jul (Lusa)

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