quarta-feira, 30 de julho de 2014

O estado da educação num Estado intervencionado - Portugal 2014


Pouco mais de 3 anos passaram desde 6 de Abril de 2011, data do pedido de ajuda externa solicitado pelo Governo português. A realidade mudou e a “fibra” do País foi atingida, inexoravelmente, nas suas mais diferentes dimensões de desenvolvimento humano, social e económico.

Como consequência do pedido de ajuda, Portugal ficou com o estatuto de “intervencionado” e perdeu a sua soberania política para os grandes credores financeiros (BCE, UE e FMI), iniciando-se um verdadeiro “tsunami” sobre o Estado Social, incluindo a Educação.

Ficámos, em 2014, com um país mais desigual e mais empobrecido. Senão, vejamos: Portugal é hoje um país mais frágil, e se os cortes de cerca de 7,4% nas prestações sociais o colocam mais longe da média europeia, a Educação não escapa, obviamente, a essa fragilidade, até porque está (nas palavras do atual primeiro ministro) menos “blindada” pela Constituição da República Portuguesa do que a Saúde, estando, por isso mesmo, muito mais ameaçada. O orçamento da Educação passou de 1,4% do PIB em 1972, para 4,6% em 1995, até atingir 5,7% em 1998 (OCDE, Education at a glance, 2001). Atualmente, as despesas com a Educação em Portugal rondam os 3,8%, tornando-se o valor mais baixo de toda a União Europeia. No OE 2014 está consagrado um corte de mais 8% e, em 2015, anuncia-se um corte de mais 111 milhões de euros para os ensinos básico e secundário, excluindo o ensino superior e a ciência. No entanto, nada indica que haverá alguma diminuição nos 184 milhões atribuídos, em 2014, ao ensino privado.

No chamado Relatório do FMI de 2013, escrito por diversos técnicos e responsáveis portugueses, a Educação é designada de Custo, quando devia ser um Investimento na qualificação das pessoas, significando, consequentemente, um investimento na qualificação da própria sociedade e do seu futuro. Este documento aborda os seguintes

temas:
1. A Situação em 2014
2. Da Escola aos mega-agrupamentos
3. (Des)caminhos curriculares
4. Professores: o regresso ao passado
5. A pobreza no país e na Escola
6. Ensino Superior no sufoco da austeridade
7. Educação de Adultos: que oportunidades?
8. Que futuro?



OP.Edu
OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E DE FORMAÇÃO
CES . UC . CeiED . ULHT
www.op-edu.eu

Liderança nas organizações educativas: a direcção por valores

A liderança constitui um dos temas mais comuns no estudo das organizações em geral, ainda que esta prevalência não tenha atingido o mesmo protagonismo no caso das organizações educativas, de modo particular em alguns contextos geográficos. Não obstante assumirmos neste artigo que as escolas manifestam especificidades relativamente a outras organizações, também reconhecemos que os estudos situados no domínio educacional não podem ficar imunes às contribuições de outras áreas. É neste sentido que invocamos aqui o modelo da Direcção por Valores enquanto proposta que, rompendo como as vertentes mais técnico-instrumentais das teorias tradicionais da gestão, poderá contribuir para uma reflexão compartilhada com a liderança das organizações educativas, de modo especial tendo em conta a conceptualização da liderança como diálogo sobre valores.



Autores: João Ribeiro Trigo e Jorge Adelino Costa

Corinth Classroom B | Apps do Windows 8 para educação

Ensinar anatomia e geologia pode ser divertido! A app Corinth Classroom B tem modelos 3D interativos que ajudam à aprendizagem e memorização através de conteúdos dinâmicos.

É com enorme satisfação que apresentamos o Corinth Classroom B. Uma aplicação inovadora que o vai surpreender.
Neste momento a aplicação tem 5 categorias (anatomia humana, plantas, geologia, cultura e tecnologia). A aplicação é gratuita e tem disponíveis modelos interativos em 3D com a capacidade de se destacar partes do modelo, fazer zoom, rotação 3D de modelos para uma visualização detalhada e ocultar a legenda. Quando se oculta a legenda, é substituída por números.
No caso das esculturas existe uma hiperligação para o Bing Maps, e deste modo termos a localização de onde se encontram.


terça-feira, 29 de julho de 2014

Quem se lembra?

Quem se lembra deste guia, que em 2008 nos deu a conhecer os cuidados a ter com o magalhães e as suas potencialidades?




O Canto da Sereia




Anda, vem comigo
Esquece tudo isso 
Podemos ir até ao mar 
Sem pressa nenhuma de chegar. 
Deambular pela areia 
Comtemplar a lua cheia 

Se não quiseres falar 
Não te vou perguntar nada 
Iremos a caminhar até ser madrugada 
Pela noite em silêncio... 

Ouvir o canto da sereia 

E quando já for 
Tão tarde e tão cedo 
O mar, não tiver mais nenhum segredo 
Então regressaremos 

A cantar o canto da sereia

domingo, 27 de julho de 2014

Autonomia, liberdade e independência para "Um estado melhor"?

UM ESTADO MELHOR 
PROPOSTA DO GOVERNO, APROVADA NO CM DE 30 DE OUTUBRO DE 2013


Educação: propostas de autonomia, liberdade de escolha e escolas independentes

A função educativa do Estado é primordial e não está - nem estará – em causa. É, aliás, uma das mais importantes do ponto de vista da visão alargada do Estado Social, pois ajuda como nenhuma outra na construção de uma sociedade com oportunidades, superação das desigualdades sociais e qualificação dos jovens. Esta é, por isso, uma função que está a ser reforçada e deve continuar a sê-lo. Todo o esforço para tornar a escola mais exigente é um esforço que robustece a escola como um instrumento de alargamento de oportunidades.

As medidas de redução da despesa têm afetado todos os setores do Estado. A educação está, naturalmente, incluída. Mas não por qualquer intenção cega: a educação, como outras políticas públicas, absorve o impacto do défice demográfico em Portugal, não podendo a organização da rede escolar ficar intacta quando há um decréscimo do número de alunos. Recorde-se que, em 2001, estavam matriculados no 1º ciclo do ensino básico cerca de 536 mil alunos (em 2012, 454 mil); no 2º ciclo, 272 mil alunos (face a 266 mil, agora); só no 3º ciclo há leve recuperação, que volta a decrescer no secundário. Se olharmos para as estatísticas num horizonte ainda mais alargado, a redução é ainda mais impressionante. Nos últimos 30 anos, o número de alunos inscritos no 1.º ciclo diminuiu para cerca de metade.

Portugal 3.0



Portugal 3.0 (I/II)
Versão televisiva do programa de rádio Portugal 3.0 da Antena 3, com a particularidade de se fomentar um processo de realimentação pela possibilidade do áudio, dos intervenientes e, sobretudo, do conceito da versão televisiva regressar à rádio.

É um projeto de produção cruzada orientada para linguagens e iniciativas de rutura e de vanguarda nos mais diversos domínios da criação artística.
A música ao vivo que se faz em ambientes externos ao chamado mainstream, nomeadamente, os novos projetos, pontua este programa que tenta interligar as diferentes formas de comunicação, nomeadamente, a criação videográfica, os blogues, a literatura, as novas formas de expressão na comédia, o mundo viral, etc.

Os convidados do programa são as personalidades que, pela sua intervenção pública, ganharam (e ganham) notoriedade pela forma desalinhada com que olham para os movimentos da sociedade e para as correntes de criação - da moda, do vídeo, da música.

Portugal 3.0 foge à regra da linearidade, através de uma definição conceptual plástica desde a captação à pós-produção áudio e vídeo e apresentação, tornando-o um programa distinto e em linha com as exigências da audiência da versão rádio na Antena 3.



Versão televisiva do programa de rádio Portugal 3.0

Veja aqui a entrevista ao "amigo" Nuno F. Santos da TKNT 

Agregar e descentralizar para Um estado melhor?


UM ESTADO MELHOR
PROPOSTA DO GOVERNO, APROVADA NO CM DE 30 DE OUTUBRO DE 2013


Agregar municípios, mais descentralização de competências


Do ponto de vista territorial, e iniciado um novo ciclo autárquico, o Governo não deve deixar isolada a reforma das freguesias, e deve abrir um diálogo com a Associação Nacional de Municípios, visando:

> a instituição, de preferência, com o máximo consenso interpartidário possível, de um processo de reforma dos municípios aberto e contínuo, que facilite e promova a sua agregação;

> preparar novo processo de transferência de competências da Administração Central para os municípios e as entidades intermunicipais. O programa “Aproximar”, em curso, ajudará a consolidar este processo ambicioso de descentralização. Sem prejuízo de outras áreas a identificar pelo citado programa, devem poder considerar-se transferências em áreas como a educação, ainda sob responsabilidade central, serviços locais de saúde, contratos de desenvolvimento e inclusão social, cultura, participação na rede de atendimento público dos serviços do Estado, transportes e policiamento de trânsito onde se justifique.

Este processo de transferência de competências deverá procurar maximizar a eficiência e a coesão territorial e implica a definição de regras de gestão e envelopes financeiros;

> concluir, publicitar e colocar em discussão o estudo sobre a racionalização de serviços e equipamentos do Estado pelo território, de modo a obter uma matriz equilibrada e coerente nas reestruturações territoriais de funções públicas dos diferentes Ministérios, salvaguardando as características especiais dos territórios de baixa densidade.

Ainda na reforma do Ordenamento do Território, introduzir mecanismos de maior articulação, coordenação, transparência e eficiência através:

> da concentração, no PDM, das orientações vinculativas sobre os privados, hoje dispersas por vários planos especiais e setoriais;

> do fomento de instrumentos de ordenamento do território intermunicipais, da classificação do solo, dando impulso à reabilitação urbana, com preferência sobre a nova construção;

> atendendo às elevadas dependência e intensidade energéticas, mobilizar a Administração Pública para novos padrões de eficiência energética, de forma a reduzir significativamente, até 2020, o consumo de energia.

sábado, 26 de julho de 2014

Strip Generator

Sugestão de um simulador para criar as suas próprias tirinhas de BD, de forma simples e rápida, sem a necessidade de desenhar e colorir.
O registo é simples e pode ser feito através da sua conta de facebook.

Deixo aqui um simples e humilde exemplo daquilo que pode fazer:

A Escola do Futuro vista em 1996


A Escola do Futuro
Por A. Dias de Figueiredo
Departamento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra

Resposta, enviada por correio electrónico, a perguntas do jornalista Pedro Fonseca. 
Parcialmente reproduzida no "Expresso XXI" Nº 1249, de 5 de Outubro de 1996).


"Qual é o estado actual do "Livro Branco sobre a Educação e Formação" e qual o impacto do seu texto no âmbito desse trabalho?

O Livro Branco foi publicado pela Comissão Europeia em fins de 1995. A versão, em livro, que possuo é a francesa, intitulada "Livre Blanc sur l’Éducation et la Formation : Enseigner et Apprendre - Vers la Société Cognitive" (Luxembourg: Office des publications officielles des Communautés européennes, ISBN 92-827-5699-8, 107 p., 1995).

Penso que não me ficaria bem comentar o impacto do meu texto, mesmo que conseguisse identificá-lo. Vários peritos europeus foram convidados a contribuir com textos que exprimissem a sua visão sobre a educação e a formação para o século XXI. O Livro Branco foi produzido tomando esses textos como inspiração, mas trabalhou profundamente as propostas recebidas para que fossem enquadradas nas políticas globais da Comissão, passadas e futuras. Como não li os textos dos outros autores, não posso garantir que as propostas em que me reconheço foram inspiradas pelo meu texto. Em qualquer dos casos, o primeiro parágrafo dos grandes objectivos gerais, consagrado ao "reconhecimento das competências" está em sintonia com as minhas ideias sobre os desafios da acreditação. A ideia base, tal como aparece no Livro Branco, é a de, "através da cooperação de todos os actores europeus interessados: primeiro, identificar um certo número de saberes bem definidos, gerais ou mais profissionais (matemática, informática, línguas, contabilidade, finanças, gestão, etc.); segundo, conceber sistemas de validação para cada um desses saberes; terceiro, oferecer novos meios, mais flexíveis, de reconhecimento de competências."

O texto prossegue observando que "um sistema destes poderia introduzir muito mais autonomia individual na construção de uma qualificação", e recomenda a criação de "cartões pessoais de competências" que permitam a cada indivíduo fazer reconhecer as suas competências e os seus saberes à medida que os for adquirindo. Propõe ainda que seja posto em prática "um modo europeu de acreditação de competências técnicas e profissionais", que descreve com algum pormenor.

(Devo adiantar que, na sequência desta proposta do Livro Branco, já está em curso um projecto europeu que se propõe efectuar automaticamente as acreditações pela resposta a questionários informatizados).

"As linhas orientadoras do seu documento mantêm-se ou efectuaria agora algumas alterações ao que ali foi escrito em 1995?"

Quando o texto me foi pedido destinava-se a servir de base a um debate entre os diversos autores, do qual resultaria, então, o texto final. Não tive, por isso, qualquer preocupação em estruturá-lo em linhas orientadoras. Pretendi, pelo contrário, avançar com um conjunto de ideias polémicas que pudessem alimentar o debate. A estruturação resultaria, posteriormente, de um esforço colectivo, no decurso desse debate. Por razões que desconheço, o debate nunca viria a ter lugar, e os diversos textos foram entregues a uma comissão que os leu, e elaborou de raíz o texto final.

Se o texto me fosse pedido agora, e soubesse que não se destinava a debate, ter-lhe-ia dado uma coerência própria, assente sobre conceitos estruturantes, como os de "estratégia", "qualidade" e "liderança". Nesse contexto surgiriam necessariamente outras vertentes, menos polémicas do que as que avancei, mas que dariam maior coerência ao conjunto. As linhas de reflexão mais polémicas, que sugeri no trabalho de 1995, não sofreriam, no entanto, qualquer alteração.

Como será a escola do futuro?

Uma possibilidade...



"Canetas digitais, hologramas e plataformas de ensino táteis podem transformar-se em regra com um futuro de mudanças radicais na educação dos próximos 30 anos. Com o domínio da tecnologia dentro e fora da sala de aula, a interconectividade tem um papel fundamental para ajudar os estudantes a se adaptar em um mundo em constante transformação."

Escolas do futuro vistas no passado

As escolas do futuro


A tecnologia está a modificar a forma como se estuda. Acesso à internet na sala e aulas gravadas assistidas em casa, fazem parte de um mundo novo.


Pensar em escolas do futuro não passa por imaginar salas de aulas completamente equipadas com computadores. Isso já é realidade em alguns lugares, mas não basta, nem tem resultados garantidos. No Perú, depois de terem sido distribuidos mais de 850 mil computadores pelas escolas, não se notaram quaisquer melhorias nos testes de leitura e de matemática. Nas escolas do futuro os alunos têm acesso à internet nas salas de aulas - mas só conseguem aceder a conteúdos relacionados com as matérias de estudo -, e podem estudar em casa os conteúdos que os professores fazem chegar aos seus computadores e iPads. Melhor ainda é que mesmo à distância, os professores conseguem avaliar o seu desempenho.

O próprio desenho das escolas começa a ser alterado para se adaptar aos novos tempos. Na Orestad Gymnasium, em Copenhaga, Dinamarca, num edifício de cinco andares, há apenas algumas salas tradicionais, porque a maioria das atividades são realizadas em espaços de convívio, onde os alunos resolvem, em pequenos grupos, as questões propostas pelos professores. Os alunos não usam cadernos, nem livros, porque tudo é digital, e o seu aproveitamento é superior à média nacional.

Em Nova Iorque, na iSchool, os professores adaptaram as aulas à realidade dos alunos. Se passam muito tempo no computador, então grande parte das aulas a que tem de assistir são online. Mas não se pense que o facto de passarem o dia na internet, significa horas de conversas no Facebook e a ver vídeos malucos no Youtube, porque os conteúdos a que podem aceder são controlados e estão relacionados com as matérias de estudo. Todo o trabalho que os alunos fazem nos computadores é centralizado num software, para que os professores saibam exactamente o que fazem, percebam as suas dificuldades e arranjem formas de as contornar, evitando que se desmotivem. Criada em 2007, esta escola tem conseguido que 95% dos seus alunos entrem na universidade.

Na Noruega, na Bjorgvin Secondary School, em Bergen, a professor de matemática Elisabeth Engum vai mais longe e pratica a chamada 'aula invertida'. Em casa, os alunos assistem a aulas que foram gravadas por Elisabeth, e quando chegam às aulas têm à sua espera exercícios sobre a matéria estudada. É um verdadeiro desafio para professores e alunos, e exige muito mais da parte destes, que não podem chegar às aulas sem terem 'feito o trabalho de casa'.

Este conceito de aprendizagem através de vídeo está cada vez mais disseminado e é um verdadeiro sucesso. Um dos nomes que mais tem contribuído para a sua divulgação é Salman Khan, que começou a gravar aulas de matemática para explicar a matéria a uma prima de 12 anos, e depois de ter recebido um 'empurrão' de Bill Gates, tem mais de 4 mil vídeos gratuitos na internet. As aulas do ex-aluno do MIT, que é formado em matemática, engenharia eléctrica e computação, já foram vistas por mais de 220 milhões de pessoas em todo o mundo. E acaba de chegar a Portugal através da Academia Khan, projeto lançado ontem pela Fundação PT.


Programa do ISCTE apoia 21 projetos internacionais de inovação tecnológica

Um programa de apoio a novos projetos tecnológicos do ISCTE recebeu 131 candidaturas, mais de metade internacionais, e 21 vão ter ajuda técnica, em áreas como aproveitamento da energia das ondas ou criação de dispositivos para prevenir acidentes cardiovasculares.


No final do processo, previsto para novembro, quatro destes projetos vão receber verbas, num total até 500 mil euros, da Caixa Capital, parceira da iniciativa, mas todos têm o apoio de especialistas no desenvolvimento dos seus trabalhos e na procura de entidades internacionais financiadoras da aplicação prática das suas ideias.

"Este ano atingimos uma quota [de candidaturas] internacional de 62%, a mais alta das cinco edições, que começou com 10 ou 12% na primeira e no ano passado teve 48%", disse hoje à agência Lusa o diretor executivo do Building Global Innovators (BGI), Gonçalo Amorim.

Foram escolhidas para prosseguir a 5.ª edição do programa 21 equipas, mais uma que nas edições anteriores, resultado da criação de uma nova categoria para software empresarial, "uma área muito forte", registando-se a presença de portugueses em 50% dos casos, acrescentou.

Além de Portugal, estão representados nos escolhidos pelo BGI, que também tem a participação do Programa MIT Portugal, países como República Checa, Hungria, Itália, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. As 21 equipas de "start-ups" (empresas tecnológicas inovadoras, em início de atividade) terminam hoje uma semana de trabalho com peritos internacionais que ajudam a organizar as propostas tecnológicas para a resolução de problemas específicos e dão informações acerca do posicionamento no mercado ou das exigências administrativas e de financiamento.

As quatro áreas representadas no BGI relacionam-se com dispositivos médicos e software para a saúde, soluções de software direcionadas para empresas, tecnologias associadas a cidades inteligentes, e atividades na economia oceânica, como aquacultura e gestão sustentável de recursos, ou turismo.

O ponto em comum é procurar ajudar a resolver problemas através de soluções inovadoras, com a "tecnologia ao serviço da humanidade", como explicou Gonçalo Amorim. Os projetos apresentados são muito diversos e vão do aproveitamento da energia das ondas para produzir eletricidade, a dispositivos médicos para prevenir acidentes cardiovasculares, ou, na área de software, algoritmos de inteligência artificial para tratar grande quantidade de dados nas empresas.

O diretor executivo do BGI salientou que estes "são projetos de muito elevado risco, onde o trabalho se faz gradualmente, é necessário tempo para se ver resultados".

Do total de propostas selecionadas anualmente, "mais de metade conseguem financiamento de diferentes fontes", como capital de risco ou outros prémios, para desenvolverem as suas estratégias de mercado, acrescentou.

 Lisboa, 25 jul (Lusa)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Portugal acordou com Comissão Europeia financiamento de mil milhões de euros para a ciência



O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, anunciou hoje, no parlamento, que o Estado português acordou com a Comissão Europeia um financiamento com fundos estruturais de mil milhões de euros até 2020, para a ciência.

“Este montante é quase o dobro do negociado inicialmente em 2007 para o período de 2007-2013”, lê-se num comunicado do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

O anúncio feito pelo ministro Nuno Crato integrou-se no decorrer da sua audição na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, onde a sua presença foi exigida por requerimento potestativo do Bloco de Esquerda, para discutir a marcação e realização da Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC), na passada terça-feira.

O documento do MEC refere que o Estado português partiu para as negociações com a Comissão Europeia com o objetivo de, pelo menos, manter o financiamento para o próximo quadro comunitário de apoios.

“Portugal não só cumpriu esse desígnio como o superou, o que traduz a aposta do Governo na investigação e inovação como motor de desenvolvimento social e económico”, sublinhou a tutela.

Conferência de Ciências e Artes dos Videojogos

Conferência de Ciências e Artes dos Videojogos realiza-se nos dias 6 e 7 de Novembro e é organizada pela Escola Superior de Tecnologia do IPCA e pela Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos. Procura submissões originais, de qualidade, encorajando a participação conjunta da indústria de videojogos e da comunidade académica.

Datas importantes:
Submissão de artigos: 31 Julho

Veja mais informações em: http://www.ipca.pt/videojogos/



Tema da conferência

A Tecnologia e a arte nos Videojogos

Tópicos

Desenvolvimento e Design de Videojogos
- Metodologias de desenvolvimento e design
- Design de níveis
- Áudio e efeitos de som
- Efeitos visuais
- Animação de personagens
- Arte nos jogos
- Matemática e física para desenvolvimento de jogos
- Realidade aumentada e realidade virtual em jogos de vídeojogos
- Computação para jogos de vídeo (Gráfica , IA , arquiteturas , etc.)
- Técnicas de prototipagem e desenvolvimento de jogos de vídeojogos
- Produção de jogos digitais
- Desenvolvimento para dispositivos móveis
- Dispositivos de interação para jogos


Economia Digital e Indústria
- A indústria vs. a academia
- Jogos de milhões de dólares
- Mercado de jogos Indie
- Indústria de jogos Portuguesa
- Modelos de negócio da indústria de jogos


Estudos sobre jogos
- Jogos sérios
- Jogos para dispositivos móveis
- Jogos Indie
- Experiência de jogo
- Storytelling digital
- Narrativas digitais
- Escrita de jogos
- Estudos sobre a imersão
- Interface, interação e usabilidade em jogos de vídeo
- Criatividade em jogos de vídeo
- Tecnologia vs. arte
- Emoção em jogos de vídeo
- Público dos jogos Indie


Jogador e cultura
- Motivação do jogador
- Ludologia
- Experiência de jogo
- Género em jogos de vídeo
- Estudos Sociais, Comunidades Culturais e Jogos
- Estudos sobre média e jogos transmédia

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Calendário escolar e calendário de exames para 2014-2015

Foi publicado em Diário da República o Despacho n.º 8651/2014, que define o calendário escolar para o ano escolar de 2014-2015 e também o calendário de realização das provas finais do ensino básico e dos exames finais nacionais do ensino secundário e de afixação dos respetivos resultados no ano de 2015.


sábado, 19 de julho de 2014

Sugestão de um bom recurso digital - PowToon


Deixo aqui a sugestão de um recurso bastante útil para aqueles e aquelas que pretendam, de forma fácil, criar uma animação vídeo...
Esta ferramenta educativa "PowToon" apresenta um conjunto de funcionalidades muito interessantes e permite de uma forma intuitiva a criação de conteúdos muito apelativos e diversificados.
Experimentem em http://www.powtoon.com que vão gostar...

Deixo um pequeno exemplo daquilo que se consegue fazer em pouco mais de 5 minutos :-)

pac-e





Pac-man é considerado um clássico na história dos vídeojogos. Elaborado para a consola Atari 2600 no início dos anos 80, tornou-se num dos jogos mais populares em todo o mundo. A mecânica do jogo era simples: Pac-Man comia pastilhas fugindo de fantasmas num labirinto. O objetivo era comer todas as pastilhas sem ser alcançado pelos fantasmas, aumentando progressivamente a dificuldade.

O designer de jogos da Namco, Tohru Iwatani, idealizou o conhecidíssimo Pac-Man num jantar entre amigos. A sua inspiração partiu de uma pizza onde faltava uma fatia. Antes de ser o Pac-Man, o personagem do jogo se chamava-se Puck-Man, porém decidiram mudar o nome para evitar que “Puck” ganhasse uma conotação pejorativa na língua inglesa.

XII Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação



Encontra-se agendado para os dias 11, 12 e 13 de setembro, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o XII Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (SPCE), subordinado ao tema "As Ciências da Educação: Espaços de investigação, reflexão e ação interdisciplinar". As inscrições decorrem até 30 de junho.

A SPCE congrega todas as pessoas que têm funções educativas, formativas e de pesquisa que, em diferentes situações e atividades, contribuem para afirmar a importância das Ciências da Educação como campo de produção e de difusão de conhecimento, de reflexão e de intervenção.

Este congresso pretende ser um espaço de interação crítica em torno de diferentes objetos de estudo, de análise de problemas, dilemas e desafios que se colocam à Educação.

Para mais informações, consultar o sítio da SPCE

Acordo Ortográfico continua a dividir especialistas, governantes e sociedade civil



O Acordo Ortográfico (AO) continua hoje a dividir especialistas, governantes e a sociedade civil nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), surgindo mesmo pedidos de revogação, suspensão ou revisão deste por setores do bloco lusófono.

O Acordo Ortográfico começou a ser negociado em 1975 e foi assinado em 1990 pelos países de língua oficial portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e, posteriormente, por Timor-Leste (independente desde 2002).

Ratificado por todos, exceto Angola e Moçambique, entrou em vigor em 2009 em Portugal e no Brasil, mas prevendo um período de adaptação, durante o qual são aceites as duas grafias.

Após o prolongamento o prazo inicialmente previsto, de três anos, esse período terminará agora em 2015, tanto em Portugal (maio) como no Brasil (dezembro).

Segundo Gilvan Müller de Oliveira, diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), ligado à CPLP, “Cabo Verde já iniciou a implementação do AO, sobretudo com os livros didáticos nas escolas”.

Para o diretor executivo do IILP, que também é linguista, a revogação, anulação ou suspensão do AO seria uma "grande derrota" para a comunidade lusófona e para a ideia de uma língua portuguesa comum.

“O Acordo conta agora com um instrumento de qualidade (o vocabulário ortográfico comum – VOC, elaborado pelo IILP nos últimos quatro anos) para a sua boa aplicação”, referiu o responsável do instituto, acrescentando que já foi finalizado o portal do professor de português língua estrangeira/língua não materna.

O diretor executivo do IILP considerou que “é normal que os Estados tenham tempos diferentes de aplicação do AO e decidam, porque são soberanos, se este tempo é mais curto ou mais longo e por quais áreas da sociedade a aplicação da nova ortografia deve começar”.

Para Müller de Oliveira, o AO “abre muitas portas”, citando o exemplo do projeto das terminologias técnicas e científicas comuns da língua portuguesa, “que deve ser em breve iniciado pelo IILP”.

As principais críticas ao AO do linguista brasileiro Ernani Pimentel - que já esteve em vários países lusófonos para apresentar uma proposta de simplificação da língua portuguesa e a abertura de um debate alargado sobre o tema - são “o desalinhamento no tempo” e a falta de compromisso “com a realidade atual”.

Os “nossos países e povos merecem uma ortografia metodicamente organizada, lógica, racional e objetiva, para facilitar a escrita e a leitura, erradicar o analfabetismo e elevar finalmente os seus patamares científicos, artísticos e comerciais a níveis nunca antes atingidos”, referiu Pimentel.

“A ortografia com base nos parâmetros deste século XXI e na situação em que nossos países se encontram é a alavanca mais eficiente e barata para essa evolução”, sublinhou Pimentel, também coordenador do Grupo de Trabalho Técnico, da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal brasileiro.

Para Ernani Pimentel, o AO “reflete o mundo e o pensamento persistentes nas ditaduras de Brasil e Portugal”.

“Nunca foi abertamente discutido, sequer com os seus agentes mais importantes, os professores. Prestigiados países africanos, assim como o Brasil, conduzem processos de alfabetização em várias línguas regionais, buscando criar um sistema ortográfico moderno, com base na linguística comparativa e aplicada”, declarou ainda Pimentel.

Em janeiro de 2013, vários especialistas em linguística e outros cidadãos portugueses enviaram uma carta ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, na qual exigiram a revogação do AO, que qualificam de “desconchavado, pessimamente fundado e inútil".

Os ministros da Educação de Angola e de Moçambique pediram também, durante uma reunião setorial da CPLP, realizada em abril, em Maputo, que o AO incorpore as "especificidades" linguísticas de cada um dos Estados-membros da comunidade lusófona.

Lisboa, 19 jul (Lusa) 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Tiro ao alvo!


"A qualidade dos docentes e o ambiente que criam na sala de aula, excluídas as variáveis extra-escolares, são os fatores decisivos que explicam os resultados de aprendizagem dos alunos, o que significa que as políticas orientadas a melhorar a qualidade da educação só podem ser viáveis se os esforços se concentrarem em transformar, com os docentes, a cultura da instituição escolar. Por sua vez, sem o concurso do professorado nenhuma reforma da educação terá sucesso."

Educação de qualidade para todos: um assunto de direitos humanos. 2. ed. – Brasília : UNESCO, OREALC, 2008.

Austeridade destrói qualidade da educação em Portugal, diz estudo alemão


Estudo alemão dá 'satisfaz menos' ao Governo e defende que o período de austeridade afundou as áreas sociais. Passos tem nota razoável na aplicação de medidas, mas não na transparência.

As políticas económicas e o setor da educação são as áreas mais vulneráveis em Portugal, segundo um estudo alemão dos ‘Indicadores de Sustentabilidade Governativa‘ (SGI, na sigla inglesa), que avalia os progressos político-económicos nos vários países da OCDE. Ou seja, se o atual Executivo de Passos Coelho fosse a exame, passava à tangente com uma nota de 5,75 em 10, o equivalente a algo como ‘satisfaz menos’. Porquê? “Porque as medidas de austeridade dos últimos anos foram muito pesadas e não permitem para já uma recuperação”, disse ao Observador Daniel Schraad-Tischler, o especialista alemão que coordena o estudo.

O projeto, que já vai na sua terceira edição anual, foi divulgado pela Fundação Bertelsmanndetentora de uma das maiores multinacionais da área dos media, onde se encontra por exemplo o canal de televisão RTL e a conceituada editora Penguim Random House. Para além do alemão Daniel Schraad-Tischler, a investigação sobre Portugal foi desenvolvida pelo professor e investigador português Carlos Jalali e pelo investigador norte-americano Thomas Bruneau, sob a coordenação do espanholCésar Colino, especialista nas economias do sul da Europa, que faz a ponderação das notas datas.

Numa escala de um a 10, o estudo avalia individualmente os 41 países da OCDE com base em três pilares: o desempenho das políticas – económicas, sociais e ambientais -, a qualidade do sistema democrático e a capacidade do Governo para executar reformas. Segundo Daniel Schraad-Tischler, a educação foi o setor mais prejudicado em Portugal ao longo dos últimos três anos.
“Os orçamentos das escolas e das universidades caíram, as propinas aumentaram, perderam-se professores e, desta forma, a qualidade da educação piora de ano para ano”, sustenta o investigador, sublinhando que “cortar na educação, que é uma área em que se deve investir por ser voltada para o futuro, é um erro”.
De facto, Portugal foi avaliado apenas com 4,1 no desempenho do setor da Educação, a nota mais baixa de toda a União Europeia – só a Grécia teve a mesma cotação. Os restantes países do sul tiveram todos uma nota superior.





O desemprego, especialmente o desemprego jovem, é outro dos indicadores que mais estraga o retrato das políticas portuguesas. Entre maio de 2011, antes da troika, e abril de 2013, a taxa de desemprego passou de 12,6% para 17,8%, e no espaço de uma década aumentou mais do que quatro vezes (era 4,3% em 2002) – “uma pesada herança destes anos de austeridade”, diz Daniel Schraad-Tischler.

Aliás, a generalidade das políticas económicas atira Portugal para os últimos lugares do ranking e deixa à vista uma clara tendência de declínio. Em 2011, os indicadores de desempenho económico foram avaliados numa média de 5,2, e em 2014 (ano de publicação, referindo-se a 2013) caíram para 3,8.

Se olharmos para os 41 países avaliados, uma média global de 5,75 em 10 deixa Portugal no 27º posto da tabela. “No geral, Portugal inclui-se no grupo dos países que tiveram piores resultados, devido à recessão e às medidas de austeridade, mas conseguiu, por exemplo, melhores notas do que Espanha”, acrescenta o especialista alemão. Mas não em todos os alguns indicadores.


Estas más notas, lê-se no estudo, têm uma explicação óbvia: o Programa de Ajustamento assinado em maio de 2011, que obrigou o país a pesadas medidas de austeridade para cumprir as obrigações fechadas com os credores. Ainda assim, a qualidade da democracia aparece bem cotada, com uma média de 7,5, que é igual à média da OCDE, sendo o indicador onde Portugal consegue as melhores notas. Neste ponto surge mesmo à frente de países como Reino Unido, Espanha, França ou Itália.


Na capacidade de executar medidas e conduzir o país, o Governo teve uma avaliação geral positiva (6,1). Mas há aqui um parâmetro onde chumba com a negativa mais baixa de todas (1,7): a apresentação de provas que sustentem a tomada de decisões. E os autores do estudo apresentam um exemplo: quando o Governo propôs, em setembro de 2012, um aumento da contribuição para a segurança social, o ministro das Finanças (ainda Vítor Gaspar) sustentou que essa medida “iria fazer o emprego aumentar em 1% no espaço de dois anos”. “Mas esse relatório nunca foi tornado público, mesmo quando outros estudos académicos provaram que a medida iria ter um impacto contrário”. A medida acabou por cair.
Nas conclusões finais, o trabalho lembra ainda que Portugal enfrenta problemas de base, como as desigualdades sócio-económicas, que são “tanto a causa como a consequência do fraco crescimento económico”, a dificuldade de “converter legislação em políticas públicas de facto” e a lentidão do sistema judicial, que não só diminui a confiança dos cidadãos na justiça, como “enfraquece o poder das leis”.
O estudo foi realizado pela primeira vez em 2009, muito antes de Portugal pedir ajuda externa. Em 2011, foi divulgada a segunda edição, que analisa precisamente a prestação do Governo no período antes do pedido de resgate. “Uma coincidência”, diz ao Observador Carlos Jalali, que só entrou na equipa a partir da segunda edição, substituindo o politólogo português Pedro Magalhães.

“Há estudos parecidos mas nenhum com esta amplitude”, explica, acrescentando que este trabalho permite perceber “até que ponto os modelos de governação na OCDE são sustentados” e também fazer comparações directas uma vez que o questionário-base é igual para todos os países.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Os professores | José Luís Peixoto



Os professores | José Luís Peixoto

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.

O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.

Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.

Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.

Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.

Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.

Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.


Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011

Carta Aberta em Defesa da Ciência em Portugal

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) apresentou hoje a “Carta Aberta em Defesa da Ciência em Portugal”, contra a precariedade dos investigadores e pelo investimento na ciência, já subscrita por personalidades como Sobrinho Simões ou Carlos Fiolhais.



A carta aberta está desde hoje aberta à subscrição de toda a comunidade científica na internet, através do endereço http://cartaabertaciencia.wordpress.com/about/, e insere-se numa campanha em que a ABIC pretende recolher “contributos para as questões particulares que se colocam à ciência”, com o objetivo de influenciar a política delineada antes da discussão do Orçamento do Estado para 2015.

No final da campanha a carta será entregue ao Ministério da Educação e Ciência.

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O atual momento nacional e europeu, caraterizado por graves problemas económicos e sociais, tem colocado, além de dificuldades, desafios a todos os setores da nossa sociedade. A ciência não é exceção. Apesar da sua importância fulcral no desenvolvimento humano e social, assiste-se a um défice de estratégia e a um crescente desinvestimento no Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN), traduzido no subfinanciamento das Instituições de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e na degradação das condições de trabalho daqueles que produzem ciência. O papel fundamental da ciência no desenvolvimento económico, social e cultural do país, e na resolução dos seus atuais problemas, fica assim gravemente comprometido. Vimos, por isso, apelar a um sentido de planeamento, estratégia e financiamento para a ciência em Portugal que cumpra aquilo que são as necessidades nacionais nesta conjuntura conturbada.

O momento presente torna ainda mais premente o papel das universidades na qualificação dos cidadãos para o desenvolvimento económico e social de Portugal. Não podemos de todo aceitar que às universidades seja não só cortada a capacidade de contribuir para a formação e desenvolvimento científico, mas também lhes seja limitada a elaboração de pensamento crítico. Também as instituições de I&D não devem ficar reféns de uma orientação que privilegia o corte generalizado no seu financiamento, conduzido a partir do paradigma da produção científica em massa e da produção de indicadores de impacto. Por sua vez, o desenvolvimento da ciência é indissociável da promoção da mudança e da democratização do conhecimento. Os constrangimentos financeiros ao funcionamento das universidades, instituições científicas e trabalhadores científicos colocam sérios obstáculos ao desenvolvimento pleno destas funções.

O atual modelo económico de baixo investimento na ciência e nos seus recursos humanos condena irremediavelmente a renovação do SCTN com novas gerações bem como a perspetiva de as mesmas integrarem de forma estável os quadros do SCTN. Esta situação foi agravada pelos cortes no número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento atribuídas pela FCT. Tal traduz-se numa ameaça grave ao património de conhecimento científico existente em Portugal. Para as novas gerações, esta situação resultará numa eventual acomodação às lógicas existentes sem a garantia de diversidade e de adaptação indispensável aos novos tempos.

O desinvestimento na investigação científica significa o desinvestimento na capacidade de encontrarmos soluções para os problemas que nos afetam diariamente, sejam estes de cariz tecnológico, ambiental, social ou político. O investimento na ciência é, portanto, fulcral no relançamento de uma economia e sociedade baseadas no conhecimento e que colocam os cidadãos no centro das problemáticas atuais.

No contexto presente, ganha relevo a importância da aposta num modelo de desenvolvimento economicamente sustentável, que passa inevitavelmente pelo reforço do SCTN, como preconizado na Estratégia Europa 2020. O desinvestimento em infraestruturas do SCTN e nos centros de I&D coloca em causa a capacidade de potenciar a internacionalização das unidades de I&D. Adicionalmente, é crucial reconhecer a importância da qualificação e estabilização dos recursos humanos na investigação científica e dignificar as suas condições de trabalho, tal como é preconizado pela Carta Europeia do Investigador. Neste sentido, é imprescindível melhorar as condições laborais e sociais daqueles que fazem ciência. Cumpre, por isso, que todos os investigadores, qualquer que seja o seu grau ou posição, sejam reconhecidos efetivamente como trabalhadores e que lhes seja garantida liberdade de ação e discussão, pelo que defendemos uma outra política para a ciência.



Fonte: http://cartaabertaciencia.wordpress.com/about/

Site ensina os princípios básicos de programação de forma divertida

O Hackety Hack foi pensado para jovens que querem começar a desenvolve competências de programação e usa com base a linguagem Ruby. 


O site tem todas as ferramentas para começar a desenvolver interfaces gráficos baseados no kit de desenvolvimento Shoes e oferece aos utilizadores vários exemplos e lições que se tornam úteis para quem está a começar. 
Alguns exemplos de programas desenvolvidos estão online no Hackety Hack mas há também mais material no Github
Nos últimos meses a dinâmica parece ser escassa no site mas continua a haver alguma participação de pequenos programadores interessados em aprender e publicar os seus programas. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Talis (professores) - comparação entre países

Equipa de Leiria classificada em 4º Lugar na Formula 1 dos Estudantes

Foi na passada semana que a FSIPLeiria, equipa de estudantes do Instituto Politécnico de Leiria, ficou classificada em 4º lugar na competição de Inglaterra da Formula Student.

A Formula Student é uma competição internacional onde se desafiam as equipas apenas constituídas por estudantes do ensino superior a construir um veículo de competição do tipo Formula 1, a partir do zero, aplicando assim os conhecimentos adquiridos no seu percurso académico. Com vários ex-participantes na competição a ocuparem agora altos cargos na competição automóvel, especialmente a Formula 1, a Formula Student assume-se como uma referência mundial no sector automóvel.

Considerada por muitos como a Fórmula 1 dos Estudantes, a Formula Student divide-se em 2 classes de competição. Na Classe 1 participam as equipas que têm um veículo finalizado e pronto a correr, enquanto que na Classe 2 participam as equipas que mostram todo o seu projeto de conceção do veículo a ser construído dentro de um ano. Foi na Classe 2 que a equipa de Leiria, estreante nesta competição, brilhou, alcançando um 4º lugar à geral.

A competição ocorreu entre 9 e 13 de Julho no circuito de Silverstone em Inglaterra, onde participaram 106 equipas vindas de 38 países do mundo, totalizando cerca de 3000 participantes.

Relatório final da comissão para a política da natalidade em Portugal - Julho 2014

Por um Portugal amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015‐2035)
Remover os obstáculos à natalidade desejada



terça-feira, 15 de julho de 2014

Prevenir o Abandono Escolar Precoce através do uso das TIC no Ensino



Projeto de Orientações Práticas a seguir no contexto da Prevenção do Abandono Escolar Precoce através da Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no Contexto Educativo



Preâmbulo

O abandono escolar precoce constitui um entrave à igualdade de oportunidades na sociedade. A desistência do ensino formal acarreta para os jovens uma perda de empregabilidade, limitando as suas hipóteses de participação plena nos processos democráticos. A não obtenção de um diploma do ensino secundário veda o acesso à aprendizagem ao longo da vida, representando um risco de exclusão da sociedade. Para a sociedade, o abandono escolar precoce significa uma perda real de potencial humano.

Por estes motivos, o CSEE subscreve o objetivo da União Europeia de reduzir o índice de abandono escolar precoce para 10% até 2020. Esta meta é especialmente importante para permitir que os jovens que enfrentam dificuldades consigam concluir os estudos. Em tempos de crise económica, os estudantes de estratos socioeconómicos mais baixos e de outros grupos desfavorecidos correm o sério risco de nunca virem a desenvolver inteiramente o seu potencial de discência.

O presente projeto explorou as oportunidades que as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) oferecem para impedir que os alunos abandonem a escola antes de tempo. As tecnologias digitais estão presentes em quase todas as áreas da vida moderna. O CSEE defende que elas poderão igualmente servir para promover o ensino, pois facilitam a aprendizagem ao longo da vida e viabilizam as abordagens pedagógicas centradas nas necessidades dos alunos. Em projetos anteriores, como o ELFE 1 e ELFE 2, o CSEE aferiu as vantagens pedagógicas do emprego das TIC no ensino e a mais-valia que essas tecnologias representam para a transmissão e aquisição do saber.

O presente projeto destaca-se dos demais por se centrar na vertente prática. Baseou-se em visitas a escolas e outros estabelecimentos de ensino, bem como junto das autoridades educativas de quatro países europeus, incluindo entrevistas a quem trabalha e aprende nessas instituições. Incidiu na recolha de experiências, motivações e ideias de todos quantos contribuem para as realidades educativas na Europa. Os resultados foram discutidos num atelier e numa conferência final, reunindo sindicatos de professores, docentes e investigadores e os respetivos parceiros: a Federação Europeia dos Empregadores na área da Educação (EFEE) e a Organização das Associações Europeias de Estudantes do Ensino Secundário (OBESSU). Como produto final, o projeto sugere pistas quanto ao modo de aproveitar as TIC para diminuir o fosso que separa os jovens ameaçados de exclusão dos que se encontram bem integrados no sistema de ensino e na sociedade em geral.

A partir destes achados, foram elaboradas orientações práticas que serão submetidas à aprovação do comité CSEE na Primavera de 2014. Uma vez adotadas, essas diretrizes servirão de fonte de consulta e inspiração ao dispor dos sindicatos dos professores e dos respetivos membros, escolas e outros estabelecimentos de ensino, partes interessadas da área da educação e decisores políticos, sempre que se aposte nas TIC como meio de prevenção do abandono escolar precoce.



Martin Rømer

Bruxelas, Janeiro de 2014

Professores portugueses passam mais tempo a manter a disciplina dentro da sala de aula e menos tempo a ensinar

Esta é a realidade em Portugal. Apesar de 90% dos professores estar satisfeito com a profissão, apenas 10% diz sentir que é valorizado pela sociedade.



Os professores portugueses passam mais tempo a manter a ordem dentro da sala de aula e menos tempo a ensinar do que os professores nos restantes países da OCDE. Estas são algumas das conclusões do estudo TALIS 2013 – Teaching and Learning International Survey -, um relatório internacional que avalia as condições de trabalho dos professores e o ambiente de aprendizagem que existe nas escolas, desenvolvido pela OCDE e cujas conclusões foram apresentadas esta quarta-feira.

O inquérito foi realizado junto de mais de 100 mil professores e diretores de escolas do 3º ciclo em 34 países.

Em comparação com os restantes países analisados, os professores portugueses dizem dedicar mais horas por semana a preparar as aulas (nove horas em Portugal, quando a média é de sete), a avaliar os trabalhos dos alunos (10 horas, o dobro da média) e a ensinar (21 horas – a média é 19 horas).

Apesar disso, os professores portugueses passam menos tempo (75,8% do total de horas dedicadas à profissão contra 78,7% da média) a ensinar e em programas de formação do que os restantes 33 países e mais tempo em tarefas administrativas (8,2% contra 8% da média) e a manter a ordem dentro da sala de aula (15,7%, três valores acima da média, 12,7%).

Apesar de 94% dos professores portugueses do 3º ciclo estar satisfeitos com o seu trabalho, apenas 10,5% considera que a profissão é valorizada pela sociedade.

Apesar de nos restantes países a maior parte dos professores também sentir que a sua profissão não é valorizada socialmente, a média dos países analisados é superior à de Portugal: 30,9% acredita que a sociedade dá valor a quem ensina.

Segundo o relatório, os países onde os professores se sentem mais valorizados correspondem largamente aos países que têm melhores resultados nos testes PISA, o inquérito que analisa, de três em três anos, as competências matemáticas, científicas e de leitura dos alunos de 15 anos.

Ainda assim, em Portugal a proporção de professores que acredita ter ajudado os seus alunos a valorizar a aprendizagem (99%) é superior à média (80,7%). O mesmo acontece relativamente à crença de que o seu trabalho contribuiu para levar os estudantes a desenvolver o pensamento crítico. 97,5% dos professores portugueses responderam positivamente a esta questão, enquanto que a média é de 80,3%.

Há mais mulheres professoras em Portugal (73,2%) do que nos restantes países do TALIS (68,1%), em média, os professores são mais velhos (45 anos em Portugal, dois anos acima da média) e passaram mais anos a ensinar (19 anos, contra 10 anos nos restantes países). Mas a proporção de professores com formação pedagógica ou programas de treino (82,1%) é menor do que nos restantes países (89,8%).

Apesar de o número de mulheres professoras em Portugal ser superior à média, há menos mulheres a ocupar o cargo de diretor de escola (39%) quando comparado com a percentagem nos restantes países analisados (49%).
O sumário dos resultados relativos a Portugal pode ser consultado aquiA OCDE disponibilizou uma página onde cada utilizador pode comparar os indicadores com os outros países ou com a média.


"Dicionário" para computadores criado em Coimbra vence prémio internacional



Uma espécie de dicionário para ser utilizado por computadores – WordNet –, desenvolvido pelo investigador Hugo Gonçalo Oliveira, da Universidade de Coimbra (UC), venceu o prémio de Melhor Tese de Doutoramento numa competição internacional.

O “dicionário” para “ajudar os computadores a perceberem melhor a língua portuguesa” conquistou a distinção atribuída no âmbito da 11.ª International Conference on Computational Processing of Portuguese (PROPOR 2014), que irá decorrer na Universidade de São Carlos, em São Paulo (Brasil), entre os dias 06 e 08 de outubro, anunciou hoje a UC.

Na prática, o trabalho premiado pela PROPOR 2014 (“o principal evento internacional na área do processamento computacional da língua portuguesa"), permite que "os computadores entendam mais de português”, explicita a UC.

Para os computadores compreenderem a língua dos humanos são necessárias “várias ferramentas complexas que os ‘ensinem’”, sublinha a UC, indicando que “uma dessas ferramentas é precisamente a WordNet”.
A WordNet é “uma base de dados lexical que organiza as palavras de acordo com os seus possíveis sentidos” (estão para as máquinas como os dicionários estão para os humanos) e serve para “o computador compreender o que está escrito, no caso em português”, esclarece Hugo Gonçalo Oliveira.

Para a língua portuguesa, “as wordnets existentes têm limitações ao nível da disponibilidade, método de construção e cobertura”, acrescenta o autor do projeto, que é docente do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.

O Onto.PT, designação atribuída à ferramenta desenvolvida por aquele especialista, procura “ultrapassar essas limitações através da criação gratuita” (disponível em http://ontopt.dei.uc.pt) de “grandes dimensões e gerada de forma automática, para assim ultrapassar o tempo necessário para uma construção manual”.

Recorrendo a esta e outras ferramentas criadas entre 2010 e 2013, no âmbito deste projeto orientado pelo investigador Paulo Gomes, os computadores “poderão compreender melhor a língua portuguesa, o que poderá ter impacto no desenvolvimento de melhores sistemas de pesquisa inteligente, de ajuda à escrita ou de tradução automática, entre outros”, conclui Hugo Gonçalves Oliveira.


Lusa - Coimbra, 14 julho

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Observatório das políticas locais de educação


Relembrar a existência do observatório criado no tempo da Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, cujos Objectivos eram/são, os seguintes:

a) Aprofundar o conhecimento teórico e empírico sobre políticas educativas locais;
b) Aprofundar o conhecimento teórico e empírico sobre a descentralização e a desconcentração educativas, bem como sobre a autonomia das escolas;
c) Compreender os principais factores de sucesso e de bloqueio associados à transferência de competências educativas para as autarquias locais;
d) Apoiar de forma consistente e sustentada os decisores políticos nos processos de descentralização e da desconcentração de competências;
e) Realizar um diagnóstico anual sobre o estado da descentralização de competências, da desconcentração e da autonomia das escolas;
f) Aprofundar o conhecimento empírico das mesmas realidades em sistemas educativos de países que apresentam altos níveis de sucesso escolar;
g) Contribuir para a melhoria da formação de autarcas, funcionários municipais e professores, respectivamente na gestão autárquica da educação e na gestão das escolas;
h) Criar um fórum de debate e de comunicação entre os principais actores nos processos de descentralização e desconcentração educativa, a saber: a comunidade académica, através de centros de investigação e investigadores e organismos de formação como o Instituto Nacional de Administração, o Centro de Estudos e Formação Autárquica e outras entidades de formação, Ministério da Educação, ANMP e autarquias locais, bem como escolas e seus agrupamentos.

contratos de execução

Clique na imagem para consultar o documento sobre os contratos de execução

TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS EDUCATIVAS PARA OS MUNICÍPIOS Contratos de Execução 
(previstos no Decreto-Lei no 144/2008, de 28 de Julho)




Parecer sobre o projeto de diploma que aprova o Regime jurídico dos Centros de Formação de Associações de Escolas


Parecer do Conselho Nacional de Educação sobre o projeto de diploma que aprova o Regime jurídico dos Centros de Formação de Associações de Escolas, aprovado na 118ª Sessão Plenária, encontra-se disponível para consulta.

Consulte-o aqui:

Parecer sobre o projeto de diploma que aprova o Regime jurídico dos Centros de Formação de Associações de Escolas